top of page

Depenar o galo e a cabeça de porco: o mundo mudou

Arapiraca, 6 de novembro de 2024



Foto: reprodução


A imagem da cabeça de porco atirada no gramado da Neo Química Arena, pela torcida do Timão, na vitória no clássico (2 x 0) em cima do rival Palmeiras é inusitada, mas não é inédita.


Presenciei algumas vezes a torcida do ASA levar um galo (vivo) e depená-lo dentro do Coaracy da Mata Fonseca, nos clássicos contra o CRB - na década de 1990 ou 1980, não tenho bem certeza. Era pavoroso.


Certeza mesmo tenho de ver o galo desesperado “voando”, de mão em mão, em meio a gritos dos alvinegros de "vamos depenar o galo" em referência a vencer o adversário.


Embora garoto, querendo que o ASA vencesse o time alvirrubro, o que, em geral, ocorria em Aracity, achava desumano, primitivo mesmo tirar o bicho do conforto de um quintal qualquer para viver (ou morrer) aqueles momentos de horror a que ele era submetido.


Apesar da cabeça de porco na Arena do Corinthians, o mundo, ainda bem, mudou, e a defesa do bem-estar animal espalha-se pelo mundo, inclusive em nosso país.


Em campo, quando a arbitragem não conseguia agir a favor do adversário, a vitória alvinegra era habitual, corriqueira. O ASA vive momento difíceis no futebol, mas está sempre pronto para depenar o galo, claro, no sentido figurado.




 
 
 

Comments


bottom of page